quarta-feira, 4 de maio de 2011

Material enviado pela Professora de Direito Empresarial

Maria Inês BELUCCI

É preciso pensar ”a educação como prática da liberdade”  e direcionar a relação entre trabalho, educação e a produção do saber. Com esse tripé e pelas experiências formadoras, é possível ocorrer o “método de conscientização” no homem. 

A práxis, como enfocada por FREIRE, busca mostrar a reciprocidade constante da teoria e da prática, pela aplicação dos conhecimentos, atitudes e atos cotidianos nos processos vivos, existentes e como apresentados.

Demonstra que a práxis pedagógica vai além de uma da solução de conflitos e do diálogo, porque ela determinava mudanças e ações conjuntas. Pressupõe também uma ação transformadora, inovadora, ousada, crítica e reflexiva. 

Foca ainda, um contexto de interação humana entre a teoria e a prática, a relação entre o indivíduo, a comunidade social e a comunidade acadêmica. Assim, teoria e prática trabalham conjuntamente com o ato de conhecer. Dessa feita, o pressuposto básico havido entre o binômio individualidade-comunidade é o da construção social do conhecimento.

Para tanto, deve estar presente a motivação para a ação. A pessoa bem motivada realiza atividades com maior desempenho, qualidade e eficiência. Trata-se do querer, e faz parte da trajetória da organização da práxis.

A motivação do individual para o coletivo é observada nas palavras, por ser uma atitude de presença, envolvimento e cumplicidade com a ocasião, e de muita seriedade com a situação apresentada.

Acredita-se assim, ser necessário além da avaliação dos alunos através de conceitos determinados pela instituição de ensino, desenvolver com eles um trabalho voltado não só para a formação acadêmica, como também, para a priorização da cooperação e solidariedade dos cidadãos na comunidade local onde vivem, e para o desenvolvimento de uma visão critica fundamentada em capacitação sólida, voltada para a sustentabilidade e solução (de forma autônoma) das questões apresentadas, e, como apresentadas.

“A educação não é neutra, mas caminha junto com nosso projeto de sociedade, precisamos refletir referenciais teóricos-metodológicos que fundamentam nossa prática cotidiana, os quais são de ordem pública, econômica, filosófica, sociológica, ... e epistemológica” .





 FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Paz e Terra, 2005, São Paulo, pg.18
 Idem, ibidem, pg 15
 Palavra de origem grega que significa ação.
 TIRIBA, Lia. O lugar da economia solidária na educação e no lugar da educação da economia solidária. Texto elaborado na fala da participação da autora durante o IV Congresso Internacional de Economia Solidária NESOL/USPC, realizado em junho de 2.006 – p. 2.

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